Um Belo Exemplo de Força e Superação

5 de março de 2012 Notícias

Segundo Lilian Ziegler, consultora pedagógica, o Seminário Internacional de professores, Supervisores Educacionais e Psicopedagogos do Mercosl/Conesul e Países Associados, acontecerá no Centro de Eventos do Personal Royal Hotel em Caxias do Sul. Contará com a presença dos palestrantes Dra. Alícia Fernandez (Argentina), Dra. Judith Rabuco( Chile), Dra Mary Rangel( Brasil), Professora Elma San’Ana( Brasil), Ms. Rossyr Beny(Brasil), Dra. Lilian Ziegler(Brasil).

São esperadas cerca de 300 pessoas, terá a Psicopedagoga Alícia Fernandez para fazer a sua abertura, e também estará presente o Secretário Estadual da Educação José Azevedo. O tema do seminário, comenta Lílian, é Aprendizagem Humana e Diversidade Cultural. Estão abertas as inscrições para apresentação de trabalhos Científicos e experiências pedagógicas. Participe. Mais informações www. anseb.com.br

 A dança como forma de superação

 Estará presente no seminário o grupo de dança Pró-seguir, que é, segundo Lílian, um grupo de Mulheres com câncer que mostra exemplo de força e superação. Iara Rodrigues da Silva, Fisioterapeuta Oncológica comenta sobre o grupo. O Pró-Seguir é um grupo de dança que conta com 10 integrantes atualmente, sendo destas, 08 pacientes que passaram por diagnóstico e cirurgia de câncer de mama. Algumas destas pacientes já terminaram os tratamentos há algum tempo, outras terminaram há pouco tempo e algumas ainda estão em tratamento.

As coreografias são desenvolvidas a partir da vontade de levar uma mensagem às pessoas que as assistem.  Uma das coreografias intitula-se “Maria Maria” cantada por Elis Regina associada a uma poesia que exulta todas as Marias, que nada mais são do que cada uma de nós mulheres Marias, Marias mulheres, fortes, corajosas, guerreiras, principalmente estas mulheres que passaram por este diagnóstico.  São coreografias que envolvem teatro, expressão corporal, dança moderna, procurando sempre conscientizar as pessoas, com um diagnóstico de câncer, de a vida não acabou. Devemos tratar, mas  desfocar da doença e concentrar energias em várias outras atividades complementares, que é parte fundamental e integrante do tratamento para o câncer, explica a Fisioterapeuta.

Ela comenta que pesquisas realizadas para o I Simpósio de Tratamento Integrado do Câncer revelaram que a qualidade de vida dos pacientes que realizam estas atividades complementares destacam-se nos aspectos de capacidade funcional, aspectos físicos, dor, saúde geral, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental em relação àqueles pacientes que não realizam atividades complementares.

Segundo Iara o grupo se apresenta em vários locais de Porto Alegre como eventos de saúde, seminários, congressos, na CliniOnco e  tem como principal objetivo passar uma mensagem de confiança, coragem e enfrentamento, além de superar de maneira positiva todo o processo de tratamento. Buscamos incentivar outros pacientes a realizar alguma atividade como forma de obter melhora física, mental, satisfação pessoal, qualidade de vida, elevação da autoestima, da autoconfiança e amor a si mesmos.

Há também outros grupos como O Grupo SuperAção, grupo de teatro e atualmente conta com 05 integrantes, também com pacientes que passaram por câncer de mama e o Grupo En-Canto que é o grupo de Canto e música que conta também com 05 participantes de diagnóstico de oncológico diverso.

Os grupos estão vinculados diretamente à Clinica de Oncologia de Porto Alegre – CliniOnco, explica Iara. É nesta clínica que os grupos ensaiam, apresentam, somos patrocinados por ela, que inclusive nos levará até Caxias, e também por uma estética – VG Estética, que nos ajuda com alguns acessórios dos figurinos e maquiagem para todos os artistas nos eventos. Há também o apoio do Programa Fisiomama, também por todos os colaboradores da CliniOnco, e incentivo, apoio, muito trabalho de todos os componentes dos grupos e seus familiares e amigos.

A mensagem das mulheres

“É o superar de maneira positiva o processo de tratamento.
Incentivar os pacientes a realizar alguma atividade como forma de obter melhora física, mental, satisfação pessoal, qualidade de vida, autoestima, autoconfiança, amor a si mesmos, desfocando-os da doença”.
“Para nós é uma missão. Estimulou-nos a preencher os espaços vazios e momentos de dor e sofrimento, por alegria e arte, por fé e coragem para enfrentarmos a doença e o tratamento. Lamúrias? Nem pensar! Até porque nem temos tempo para isto. E principalmente mostrar e levar outras mulheres e homens a acreditar que a vida pós-câncer continua, e talvez com melhoras, com perdas e ganhos, com luta, com amor, mas “continua tão bela como cada uma quiser que ela seja”.